A gordofobia é um fenômeno preocupante que afeta inúmeras pessoas em nossa sociedade, trazendo consequências graves para a saúde física e mental. E acredite, esse impacto negativo não afeta somente quem é gordo! Além dos impactos emocionais e sociais, a gordofobia também está ligada ao aumento do risco de desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia, bulimia e transtorno de compulsão alimentar.
Esse é um assunto que sempre surge em minhas consultas e por isso eu quero mostrar essa relação entre gordofobia e transtornos alimentares, destacando a importância de falarmos sobre isso e combatermos com uma abordagem consciente e inclusiva para a saúde e o bem-estar de todos.
Mas o que é gordofobia?
A gordofobia pode ser definida como comportamento de pessoas que julgam alguém inferior, desprezível ou repugnante por ser gordo. Ela se manifesta em diversos contextos, desde o bullying na infância (muito comum em escolas e infelizmente na família) até a discriminação no ambiente de trabalho e nas interações sociais.
Nos dias de hoje, a pressão estética e os padrões de beleza inatingíveis contribuem para a perpetuação dessa forma de discriminação, afetando negativamente a autoestima e a saúde emocional das pessoas que são alvo dela.
Gordofobia e Transtornos Alimentares
A relação entre gordofobia e transtornos alimentares é complexa, mas evidências mostram uma ligação significativa. Indivíduos que sofrem com a gordofobia estão mais propensos a desenvolver comportamentos alimentares disfuncionais, como dietas restritivas severas, compulsões alimentares e purgação.
A busca incessante por um corpo magro, muitas vezes alimentada pela pressão social, pode desencadear ou agravar transtornos como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar periódica.
É muito comum eu ouvir de pacientes com anorexia ou bulimia, frases gordofóbicas que estão tão enraizadas e internalizadas que muitas vezes eles nem percebem.
Impactos da gordofobia na saúde mental
A gordofobia afeta negativamente a saúde mental das pessoas, levando a problemas como baixa autoestima, ansiedade, depressão e isolamento social. As constantes mensagens negativas internalizadas pelo indivíduo podem desencadear pensamentos distorcidos sobre seu corpo, alimentação e autoimagem. Essa relação tóxica com a comida e o corpo pode culminar em comportamentos alimentares desordenados e insatisfação crônica com a aparência física.
Abordagem inclusiva e consciente
Para combater a gordofobia e reduzir o risco de transtornos alimentares, é fundamental adotarmos uma abordagem inclusiva e consciente em relação ao corpo e à saúde. É necessário promover o respeito à diversidade de corpos e valorizar a saúde em vez do peso como principal indicador de bem-estar.
No acompanhamento nutricional focado em mudança de comportamento alimentar, trabalhamos com os princípios da abordagem do comer intuitivo, dos conceitos de saúde em todos os tamanhos, exercitamos também a aceitação corporal (que é diferente de conformismo) e falamos também do conceito de saúde como um todo (física, emocional e social). Todos esses aspectos são essenciais para promover uma relação saudável com a comida e o corpo.
A gordofobia e os transtornos alimentares estão interligados de maneira preocupante e trazem muito sofrimento! Busque profissionais especializados!
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